Mês de Maio, Mês das Mães e da Amamentação

 Nossa homenagem as mamães nesse mês de maio é destacando a importância da amamentação. Seguem relatos de mães relatando suas experiências sobre esse ato que reflete sublimemente a palavra amor.

 

Andreia Rodrigues, relata sua paixão pela amamentação. 

Sou estudante de Enfermagem e  mãe de Evelyn Sofia  e Lorenzo. Depois da minha primeira gravidez tive dois abortos, um em 2020 e o outro em 2021. O primeiro foi bem doloroso, tive um aborto retido  em que precisei ser internada para tirar o bebê, depois passei por um curetagem muito dolorosa. Nesse período de perda, tive depressão, e na minha cabeça, eu era  incapaz de engravidar e segurar um bebê.  Ouvir de uma pessoa, que eu não segurava filho! isso foi bem cruel, para mim e  só afundou e fiquei  pior. A vontade de ser mãe novamente,  era e sempre foi um sonho, mas em meio a dor e sofrimento  pensei em desistir, pois  já não suportava a  ideia do aborto  e claro era meu corpo. Em seguida  esqueci e 2 meses depois engravidei!!  Pensei que  ia passar por tudo novamente,  com 6 semanas, tive um descolamento  fiz repouso e para minha surpresa, deu  tudo certo. A gravidez do meu Lorenzo  foi muito tranquila, para honra e glória de Deus!!  Como eu não tenho  passagem, foi um parto cesariana. 

Minha experiência com a segunda amamentação, foi melhor que a primeira, pois no meu primeiro relacionamento,  eu tinha  17 anos e engravidei da Evelyn e aos 18 ela nasceu. Eu não tinha experiência de nada, ninguém me ajudou ou me falou como fazer ou cuidar, eu fiquei totalmente perdida, tive que amadurecer a força!! Foi uma criança cuidando de outra criança. Na amamentação, sofri um pouco com o  excesso de leite , dei febre  ficava empedrado eu nem sabia o que fazer, mas consegui me virar e deu certo.                                                                                                                                          

A amamentação do Lorenzo foi imensamente tranquila!! Estou no último ano de Enfermagem, e tive uma matéria na faculdade depois que ele nasceu chamada Enfermagem na Saúde da criança e do Adolescente, com a experiência  que eu tive da primeira gestação e o que aprendi sobre bebês, me ajudou bastante. Quando Lorenzo nasceu, eu fiquei desesperada, por que o leite não chegou de imediato, saia  apenas  o colostro! Então fiquei apreensiva  e a ansiedade atrapalhava  muito o leite chegar... Ele chorava muito, pois não era o suficiente para ele. Dois dias depois o Leite veio  e eu fiquei assustada por que era demais ele  não estava dando conta. De início tive uma mastite por excesso de leite e foi nesse período que decidir ajudar outros bebês, doando o meu leite . PROCUREI o Banco de leite, fiz meu cadastro e comecei a doar. Toda semana o bombeiro  vem buscar,  eles deixam os vidros esterilizado para coleta, uso máscaras e touca para a retirada e nesse momento não posso ser interrompida. Após a coleta,   coloco a data e vou congelado todos os dias que vou retirando .O bombeiro passa uma vez na semana para coleta.

Eu amo  a maternidade!! Amamentar e doar, para mim, é muito prazeroso, é  um momento único em que posso trocar carinho com meu bebê, passar segurança no momento em que seguro a mãozinha, na hora de aumentar. Além dos benefícios do leite, o contato carinhoso entre a mamãe e o bebê é muito prazeroso, além do alimento proteger contra doenças, previne a formação incorreta dos dentes e problemas na fala, proporciona melhor desenvolvimento e crescimento, além de ser um alimento completo, auto imune e dispensando água ou outras comidas até os seis primeiros meses de vida do bebê. 



Cada doação ajuda a salvar a vida dessas crianças, pois apenas 1 ml de leite é suficiente para alimentar um bebê a cada refeição, dependendo do peso e das condições clínicas. Para doar, basta estar em boas condições de saúde e não fazer uso de medicamentos que interfiram na amamentação. Vale ressaltar que, para se tornar doadora, basta estar amamentando e ser saudável. E não precisa ter medo: a doação não faz o leite secar  pelo contrário, só estimula ainda mais sua produção. 







                                              Leiry Saara, Abraham e Benjamim

Leiry Saara, 27 anos, é mãe de duas crianças, Abraham, 3 anos, e Benjamin, 1 ano, e pratica a livre demanda de amamentação. Ela afirma que a livre demanda é boa para o bebê e para a mãe porque a criança mamando sempre que tem vontade estimula a produção de leite.











Leiry acha muito esquisito  amamentar de tempo em tempo porque segundo ela, o estômago do bebê é muito pequeno e logo esvazia. Ela pretende amamentar Benjamim até os 2 anos, mas diz que se for difícil o desmame vai prolongar.  

Quanto à produção de leite, Leiry produz muito e afirma que o leite alimenta bem o bebê. Ela diz que sua alimentação não é muito regulada e precisa melhorar como foi do primeiro filho.







Um dos desconfortos segundo ela, para quem adota a livre demanda de amamentação é o nascimento dos dentinhos do bebê fazendo com que os seios fiquem machucados. Essa situação acontece porque o bebê ainda não se habituou aos novos “habitantes” da boca e pode levar algum tempinho para que a pega se ajuste. O melhor conselho aqui é ficar de olho e pedir para que o pequeno abra um “bocão” quando for mamar.







Leiry conta que uma amiga comentou uma vez que achava esquisito um bebê grande continuar mamando. Dizia que tinha agonia de ver Abraham no peito. “Eu não ligo para o que falam, o que importa é minha opinião ainda mais sobre isso”Ela diz que só desmamou porque descobriu que estava grávida do seu segundo filho. A jovem mãe não vê dificuldade na livre demanda de amamentação e pretende amamentar seu bebê até quando puder. Atualmente ela está desempregada, então pode dedicar tempo integral ao seu pequeno bebê, mas quando arrumar um emprego, vai ter que interromper. 








                                                         Daniela Uejo


Amamentar é, sem dúvidas, a ligação mais linda entre mãe e filhos. É o momento de aconchego, carinho em doses altas, muita troca de olhares e fofura. É claro, tudo isso após passarmos por toda aquela fase da dificuldade em se adaptar. Ele também faz parte da hora do soninho. É cuidado, alimentação extremamente necessária e exclusiva até 6 meses de vida. Aconselhada para durar até 2 anos. 




De acordo com a Unicef, o leite materno fornece a todos os bebês água, todos os nutrientes e anticorpos que os mantêm saudáveis e ajudam a protegê-los de muitas infecções. 

"Amamentar vai além de algo natural. Posso arriscar dizer que é até algo divino. É como se o amor de uma mãe “escorresse” e nutrisse o seu filho. É o amor que engrandece, que faz crescer e que traz saúde e desenvolvimento", diz Daniela.











"Amamentar é ter a possibilidade de se conectar com o seu filho sem nenhum centímetro de distância. É senti-lo como uma parte do seu ser. É percebê-lo como algo que faz parte da sua vida para sempre".















                                                                  Renata e Bento

Renata relata sua primeira experiência com seu filhão Bento de 1 ano e 6 meses ...
Quando descobri que seria mãe , a primeira coisa que me perguntei foi: " será que iria conseguir amamentar meu filho?"  
E quando meu filho nasceu que as enfermeiras foram colocar ele pra mamar ele simplesmente abocanhou meu peito de primeira... A partir daquele momento eu realmente tinha me tornando mãe... 

"A amamentação não é a única forma de nutrição para o bebê... Ele também deve ser nutrido de afeto. O aleitamento é nutrir o outro de vida".








Era conexão tão grande... Durante os 8 primeiros dias do meu puerpério quando ainda estava passando pelo baby bluses toda vez que ia amamentar eu chorava e era um misto de sentimentos mas principalmente de gratidão por estar vivendo aquilo. Não tive tantas dificuldades com a amamentação de início, meu filho fez a pega bem, as vezes machucava um pouco mas, fiz duas 3 sessões de laser terapia depois não tive mais problema... 











Costumo chamar meu bebê de bezerrão por que ele mama demais hoje ele tem 1 ano 6 meses e é apaixonado pelo Tetê dele, nunca quis saber de chupeta nem mamadeira, as vezes eu até uso a mamadeira mas ele não é muito fã, o que ele curti mesmo é o Tetê dele... As vezes para nós mãe com passar dos tempos pode ser cansativo, mas para mim não existe nada mais gostoso do que ver a alegria dele quando está agarrado no pepeto  ... 










Existe uma comunicação só nossa na hora da amamentação, uma troca de olhares cheia de um amor genuíno de mãe e filho, trocas de carinho e sorriso , não tem preço, eu falo que amamentar é puro amor, mas a amamentação também traz segurança para nossos bebê, ajuda no desenvolvimento cognitivo, o bebê cresce saudável e tem tantos outros benefícios, cria- se um vínculo muito forte entre mãe e filho, uma cumplicidade que  só quem é mãe vai entender.









"Amamentar é ter a possibilidade de se conectar com o seu filho sem nenhum centímetro de distância. É senti-lo como uma parte do seu ser. É percebê-lo como algo que faz parte da sua vida para sempre".
"É como se o amor de uma mãe “escorresse” e nutrisse o seu filho. É o amor que engrandece, que faz crescer e que traz saúde e desenvolvimento. Amamentar é ter a possibilidade de se conectar com o seu filho sem nenhum centímetro de distância. É senti-lo como uma parte do seu ser".










                                                      Mara e João Felipe

Francisca Neusimara, 32 anos, é mãe do João Felipe, 1 aninho.
"Considero a amamentação como a maior demonstração de amor", declara a mamãe.
Ela conta que quando o João tinha 10 meses, foi acometida de dengue, mas não teve receio de amamentar. Sentiu muita fraqueza no corpo, dor nas costas e não conseguia se alimentar direito por conta das ânsias de vômito. 
Neusimara  acredita que a falta de alimentação tem contribuído para não produção de leite e tornando-o  fraco, e não tem alimentado o neném direito.








A mamãe do João Felipe dá graças a Deus pelo filho comer de tudo, pois isso o ajudou no momento em que seu leite estava fraco.
As mães diagnosticadas com dengue podem amamentar seus bebês normalmente, até porque isso não traz nenhum prejuízo. Pelo contrário, traz benefícios. O mesmo vale para casos de zika e chikungunya", garante o protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde.











Atenção:
 a amamentação não pode ser encarada como uma vacina contra a doença.  Isto significa que todos os cuidados de higiene e as recomendações para se evitar a proliferação da dengue devem ser mantidos.
Os sintomas da dengue podem e devem ser tratados, seguindo o mesmo esquema de tratamento de qualquer pessoa: antitérmicos para febre, analgésico para dores de cabeça e corpo, antialérgicos para o coceira, hidratação para a desidratação. Os remédios prescritos pelo médico em sua maioria não afetam os bebês. 










Segundo pesquisas do Ministério da Saúde, o leite humano possui fatores imunológicos que protegem a criança. Com isso, o risco de mortalidade por doenças infecciosas é seis vezes menor em bebês de até dois meses amamentados. O alimento também reduz as chances de desenvolver diarreia, doenças respiratórias alergias, hipertensão, colesterol alto e diabetes.
Todo mundo sabe que amamentar faz bem para a saúde tanto da mãe quanto para a do bebê, mas o que poucos sabem é que o leite materno protege a criança contra a dengue.
O coordenador da Rede Brasileira de Banco Humano, João Aprígio, explica que o leite humano tem um fator anti-dengue na parte gordurosa e isso protege a criança de uma maneira muito eficaz. "Não é exatamente uma vacina, mas são fatores que evitam a manifestação da doença enquanto a criança estiver sendo amamentada, mesmo que seja picada pelo mosquito", diz.


MITOS:


- Mães diagnosticadas com dengue, zika e chikungunya não podem amamentar o bebê

-O leite materno é pouco nutritivo

- Água pode ser oferecida para o bebê antes de completar seis meses de vida

- Os pais devem oferecer outros alimentos para o recém-nascido

VERDADES:

- O leite materno é o alimento mais completo que existe para o bebê até o sexto mês

- Aproximadamente 80% do leite é produzido no momento em que o bebê está mamando

- Quanto mais o neném mama, mais leite a mãe irá produzir

- Não há vantagens em oferecer alimentos complementares antes dos seis meses

- O leite materno é fácil de digerir e não sobrecarrega o intestino e os rins do bebê

- O alimento protege o bebê da maioria das doenças

Saiba mais informações disponíveis neste link do Ministério da Saúde.














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